quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Conversar com o nosso eu futuro para planear os próximos anos

Li num destes fins de semana, a partir dos «Links da semana» selecionados pela Bruna de Uma vida mais simples (aqui do lado), um texto do sítio Valores reais fazendo famílias felizes! da autoria de Guilherme ..., intitulado «Conversando com o futuro que eu anseio», um post muito estimulante que vos convido a ler. Também a «minha» Lud, já em dezembro, falava nos eus futuros no seu Ludmilismos

Tendo feito há dois meses 60 anos e tendo que trabalhar, segundo a legislação portuguesa, no mínimo mais sete anos, para poder usufruir de uma reforma que me poderá, no máximo, oferecer 80% do meu salário atual, é evidente que tenho de «construir» um projeto profissional que dê sentido aos últimos anos que vou dedicar ao serviço público. Sobretudo porque eu não posso nem quero passá-los a «sonhar com a reforma»...

Por outro lado, a minha profissão, bibliotecária de leitura pública, é realmente a minha vocação. Confirmei-o, sem margem para dúvidas, há mais de 30 anos atrás, ao ler os meus testes de orientação profissional realizados quando eu tinha 16 anos, ou seja, no início dos anos 70. Mais tarde percebi que os resultados estavam certos, dado que o que mais me agradava na minha profissão era conseguir responder a uma solicitação transversal a todos os leitores de todas as idades e que constitui o core (o coração) do nosso trabalho: «eu queria (ler) um livro igual a este!» E o igual não é igual, mas é o do mesmo género, o que, sem emocionalmente nos defraudar, nos mantém o estímulo da adição à leitura, que amplia os nossos horizontes e nos oferece incontáveis horas de alegria de viver...

Quando, mais recentemente, as Bibliotecas Públicas, muito mais do que coleções de livros, se assumiram como um lugar de ideias e de debate elevado de ideias, constatei que uma das minhas maiores realizações profissionais era tão somente... o lema da Nokia: «connecting people», evidentemente também uma das funções primordiais da biblioteca de leitura pública.



Conversando com o meu eu futuro, apercebi-me pois que dificilmente poderei mudar de vocação, tanto mais quanto agora sou uma senior librarian. Assim, nos próximos sete anos de vida profissional, seja qual for o âmbito do meu trabalho: textos, imagens, ideias, pessoas, irei lutar para a exercer.

Esta primeira conclusão deixou-me muito feliz.

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