sábado, 17 de novembro de 2012

Dia 48: Controle sistemático de despesas ou o que fazemos com o nosso dinheiro

Uma vez mais a propósito de um post da Ziula no seu blogue Hora de mudar, mas também porque o estou fazendo desde Setembro, considero muito importante, pelo menos nesta fase da minha vida, o controle diário de todos os gastos.

Em relação a outros países, nós em Portugal temos uma vantagem (sim portugueses, nós não temos só problemas, desorganização, crise...) que penso que não existe em outros países: o cartão de débito. Este cartão, para quem não sabe, permite fazer quase todo o tipo de pagamentos e levantamento de dinheiro a partir da nossa conta à ordem, que em geral é aquela onde o nosso salário é depositado. Assim, para o poder utilizae apenas temos de saber de quanto dinheiro dispomos, dado que o cartão não funciona sem dinheiro na conta!

Cartão de Débito: o que é?


Ora, as caixas Multibanco são muitas e estão por todo o lado (atenção de novo, portugueses, outra vantagem nacional: em Espanha, por exemplo, o sistema caixas de serviços bancários não é idêntico ao nosso, e, para levantar ou movimentar dinheiro de uma destas caixas de outo banco, este cobra de imediato uma determinada percentagem por esse serviço), pelo que é fácil controlarmos os saldos e os movimentos mais recentes da nossa conta à ordem.

Aqui devo abrir um parêntesis para as vantagens do home banking que é genericamente considerado um serviço seguro e fiável. E muitíssimo cómodo já que se encontra disponível em toda a parte onde haja ligação à Internet. Os incondicionais do extrato bancário em papel, o qual tem muito provavelmente os dias contados (muitos bancos já não os enviam com regularidade se os movimentos da conta forem considerados insuficientes!), muito embora tal deva demorar ainda o tempo de todos sermos Webincluídos, têm ainda ao seu dispor este controle mensal. Já a Caixa Geral de Depósitos e o Montepio oferecem a boa e velha caderneta que permite controlar, num pequeno livrinho, todas as entradas e saídas da nossa conta à ordem. E guardá-las como comprovativo em pouco espaço por muito tempo.

Com a vida assim facilitada, não necessitamos pois de andar com muito dinheiro na carteira, o que aliás é genericamente recomendado por diferentes entidades da Proteção Civil à Polícia de Segurança Pública e à Defesa do Consumidor. Assim sendo, sou contudo de ipinião que devemos apontar todos os gastos diários pagos com cartão de débito ou em dinheiro. Cada um deverá investir no sistema que melhor funcione para si, até porque todos temos também de lidar com uma agenda de actividades, obrigações, compromissos... em papel, electrónica, ou mental. Se necessitarmos de desdobrar essa agenda em vida profissão e vida pessoal, a complexidade de gestão do nosso quotidiano aumenta, pelo que se torna necessário um maior investimento em organização. O tal que nos permita simplificar a vida, controlando-a melhor.

O meu sistema provisório, que ando a ensaiar em conjunto com a agenda, bem como com o caderno de ideias, é um caderninho Moleskine. Dividi cada página em 3 dias do mês e é neles que anoto todos mas todos os meus gastos: o total das compras de supermercado, a gorgeta que dei ao funcionário da gasolineira e o montante de gasolina gasto, o chocolate que comprei na máquina do serviço, a limpeza a seco do edredon, a mensalidade do yôga, etc. Não posso deixar passar muito mais do que um dia para que as anotações sejam mesmo todas.

Caderno Moleskine para despesas diárias.

Reúno assim, em cada dia, as despesas fixas e constantes, as mais esporádicas e ainda os pequenos gastos em geral invisíveis. O passo seguinte é, no final do mês, confrontar as anotações do caderninho com as entradas e saídas do extrato bancário. Este balanço oferece o retrato exato das nossas vidas financeiras mensais, por rubricas, e permite-nos assim conhecer e controlar o que fazemos com o nosso dinheiro

Num ano sem compras é a única forma que conheço de me motivar a restringir o consumo ao essencial. Ao cor (do latim: coração, núcleo central) de uma vida liberta do consumismo.


Sem comentários:

Enviar um comentário